Chegamos em Montreal

Depois de três cansativos vôos, saindo de Brasília, com conexões em São Paulo e Nova York, finalmente chegamos em Montreal. Como são muitas coisas para falar aqui, vou avisando que esse post vai ficar grande!

 

Essa foi a viagem mais cansativa que eu já fiz. Afinal, éramos eu, o Mauro, as duas crianças, sete malas imensas despachadas e mais sete bagagens de mão, desde a super bolsa em que carrego as coisas das crianças, uma boneca, uma mochilinha da Fernanda e um ergo-baby pra carregar o Gui e ficar com as mãos livres (o que acaba virando mais um trambolho para carregar quando não está sendo usado para o que foi feito).  A boneca e a mochila da Fe quem acabou carregando fomos eu e o Mauro, pois ela sempre alegava que estava muito cansada e que eram pesados. Imagine! Cansada, ela!!!

O vôo para São Paulo foi tranqüilo, apesar de termos ficado mais de uma hora no balcão do check-in em Brasília por causa de um problema na reserva do Gui. As duas crianças dormiram durante todo o voo. Já no voo seguinte, para Nova York, eu  e Mauro não conseguimos dormir porque as crianças estavam desconfortáveis e não achavam uma  posição boa naquelas cadeiras apertadas. O Gui ficou o tempo inteiro nos braços do Mauro e qualquer mexidinha que esse dava acordava o menino, então foi uma choradeira só! Pra piorar, ficou com febre a noite toda e acordava a todo instante gemendo.Eu praticamente cedi toda minha cadeira para a Fe para que ela ficasse deitada, então não sobrou quase nada para eu sentar. Fiquei toda torta e dormi pouco. Quando consegui cochilar um pouco, lá pelas 4:30h da madruga, lá vem as comissárias com o café-da-manhã. Isso lá é hora de servir café? Eu queria tanto dormir!!!

Chegando nos EUA ficamos 50 minutos na fila imensa da imigração, sem andar um centímetro sequer pois o sistema deles estava fora do ar (isso também acontece nos EUA!!!). A Fernandinha correndo para tudo que é lado e o Gui com febre no colo do Mauro. Até que enfim uma alma caridosa nos chamou para o início da fila porque estávamos com as crianças no colo e aí foi bem rápido. Depois disso tivemos que pegar as 7 imensas malas e despachá-las para Montreal. Pagamos 5 dólares por cada carrinho de bagagem e andamos uns10 metros somente para colocar na outra esteira. Nessa hora tinha um funcionário que pegava nossa mala e simplesmente arremessava na esteira, sem o menor cuidado! A gente se assustou com tamanha brutalidade do sujeito!. E lá vai a família Nobias correndo para não perder a conexão! Ainda tivemos que tirar todos os sapatos para passar pelo detector de metais. Até a Fernandinha sentou no chão para tirar os delas, tão fofinha!!!

Enfim, pegamos o avião para Montreal, quer dizer, o teco-teco!!! Um avião minúsculo, com hélices e que fazia um baralho horroroso. Lembrei do meu amigo Luli na viagem para Orlando! Apesar do barulho foi um voo tranquilo e rápido, somente de uma hora. Chegamos moídos em Montreal às 10h e ainda tínhamos que fazer todo o trâmite da imigração no aeroporto. Detalhe: ninguém ainda tinha comido nada!

A parte de passar pela imigração foi fácil mas bem demorada. A atendente preenche muitos formulários e até nos pediu para sentarmos enquanto fazia tudo pois ir demorar. Saimos do aeroporto meio dia e todos com fome, o Gui ainda mole de febre! Ainda bem que tínhamos ligado para o Celso (www.celsoaubaines.com) nos buscar no aeroporto e lá estava ele com seu reboque para colocar tantas malas. De lá fomos direto para a locadora onde reservamos nosso carro e quase às 2 da tarde chegamos no apartamento. Todo mundo roxo de fome. Consegui dar uma mamadeira pro Gui e uns biscoitinhos pra Fe mais cedo para enganar a fome. Mas logo fomos almoçar.

Passamos a tarde abrindo mala e tentanto organizar a bagunça. E o Gui continuava com a febre. Ainda tivemos que sair para fazer umas compras no mercado. De madrugada a febre do Gui piorou, chegou aos 40 graus e eu tive que ir com ele para o hospital (depois conto aqui como foi o nosso primeiro atendimento médico). Então, lá fomos eu e o Gui à 1:00h da manhã para o hospital, de táxi. retornamos uma hora e meia depois com ele um pouquinho melhor (febre de 38,5º).

Hoje conseguimos sair e comprar nossos celulares. Foi fácil, mas também demorado. Já estamos conectados. A febre do Gui baixou e ele já ficou mais animadinho.

Ainda não tivemos tempo de passear e conhecer melhor a cidade. Temos muita coisa para fazer e com as crianças doentes fica mais difícil.

Vou tentar escrever aqui sempre e contar um pouco dessa nossa louca aventura.

Resumindo: estamos bem, mas super cansados!